Sempre existem lugares para circularmos numa residência e tenho certeza que esse é um dos que utilizamos com mais constância e certamente não desejamos compartilhar nossos momentos.
Talvez ainda não tenha refletido sobre isso, mas o banheiro é o único espaço privativo numa casa: entramos para atender nossas mais íntimas necessidades.
Antigamente, eles eram projetados fora dos espaços residenciais e atualmente, com a modernização e comodidade, foram incluídos internamente nos projetos, pareando até com o número de quartos.
Há muitas pessoas que estabelecem sua preferência por esse cômodo. Por qual motivo será?
Pensando do ponto de vista da estética, ele nos permite ter contato mais direto, particular, sigiloso, secreto e pessoal do que qualquer outra área. Nesse local nos despimos das máscaras que muitas vezes usamos, lavamos nossa alma, estabelecemos contato físico desde os fios de cabelos até as unhas dos pés, eliminamos o que não foi absorvido pelo nosso corpo numa verdadeira transformação para iniciar e finalizar o nosso dia e aguentar firme. Nos perfumamos, cuidamos dos nossos dentes, olhamos no espelho, nos maquiamos e visualizamos por inteiro nosso corpo.
A água que entra, limpa e transparente, escorre tirando as impurezas, sendo levada pela canalização para fora da casa, num sentido descendente e precisa fluir livre para que sua vida flua também. Eis aí a necessidade das torneiras estarem funcionando bem, assim como duchas e chuveiros. Os ralos devem permitir essa evasão e após usados, de preferência serem fechados para que não haja retorno, afinal quem deseja sentir o cheiro da sujeira retornando? Em linha paralela, os vasos sanitários também recebem as excreções do nosso corpo e precisam estar desobstruídos e limpos. A descarga não é apenas de água, mas uma parte de nossa energia ou “ch´i” se vai a cada acionamento, constituindo um verdadeiro dreno, mais um motivo para mantermos a tampa fechada no ato, além dos dejetos e bactérias que podem se espalhar no espaço.
O piso e o rejunte refletem nosso autocuidado, eles denotam esse lado mais delicado.
Os espelhos precisam refletir nossa imagem com perfeição, pois imagine-se vendo sua imagem deturpada – influencia diretamente no psicológico.
Para os chineses, quanto mais belo e luxuoso esse cômodo, mais prosperidade haverá na vida dos que ali residem.
Por ser uma área tão privativa e revelar a intimidade do morador, há muitas pessoas que preferem não dividí-lo.
Quando fazemos uso na casa de alguém, nós e os outros já imaginamos o que iremos fazer e nos desperta uma certa cautela, desde dar a descarga, que pode parecer constrangedor pelo som e repetição, até abrir a torneira ou a ducha que também ressoa descendo os canos. Há uma predisposição a achar que estamos sendo ouvidos, vistos e vigiados por quem está fora, o que pode ser amenizado com o revestimento e uma proteção acústica. Imagine se esse local não tiver janelas ou exaustão! Colocar um aroma para ser borrifado a cada uso também é aconselhável. Além das queridas plantas, que sobrevivem nas condições mais extremas e contribuem para diminuição da umidade.
Lembrando que a água é o elemento predominante e que mexe com nossas emoções; tanto pode trazer um fluxo nas finanças como levá-las embora.
Pressupõe-se então o zelo, o cuidado, a empatia que devemos ter com esse ambiente, desde a sua posição dentro da planta baixa até sua iluminação e circulação de ar, requerendo prevenção, consciência e determinação para adequá-lo ao que trará melhor equilíbrio. E nem é preciso falar de organização, sim?
Se não pudermos mudar sua localização, precisamos usar estratégias. Dentro do Baguá e suas áreas, a depender de onde esse banheiro esteja, é preciso olhar minucioso e ponderado para tratar e utilizar as curas adequadas.
Vamos desenvolver nosso olhar para atrair um Bom Feng Shui à nossa vida.
Andréa Almeyda
É Designer de Interiores, pós graduada em Marketing e atua como Consultora Energética de ambientes e pessoas, com o Feng Shui, a Radiestesia e o Reiki.
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