“Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu”? A frase é bem conhecida, você já se identificou com essa história? A frase é dita pela rainha má, a madrasta implacável de Branca de Neve e os sete anões.
Se olharmos por este prisma, percebemos os falsos paradigmas através do espelho que reflete nossa imagem e que é preciso desmistificá-lo e desconstruí-lo. Na verdade, como você é visto pelos outros, se torna o espelho que lhe diz como e quem você é. Assim fica nessa corrida incessante para encontrar um sentido dessas coisas para fortalecer o seu valor e inteireza.
É possível mergulhar na superficialidade desse paradigma, a imagem, o corpo, que, muitas vezes, nos deixa confusos em suas múltiplas facetas. No entanto, se conhece a primazia de cultuar o corpo em detrimento da sua artificialidade, dessa imagem distorcida de si mesma. Amiúde, nas redes sociais, acontecem com frequência e as mulheres estão sendo as principais vítimas desses gatilhos da padronização de imagem. Você deseja a fórmula pronta ou deseja fazer uma investigação? O que é mais importante, a beleza interior ou a beleza exterior moldurada? Os padrões impostos pela sociedade causam impacto na saúde mental das mulheres, justamente por causa desse culto a modelos estéticos entrelaçados dentro desses padrões. "As pessoas estão comparando suas aparências às das pessoas nas imagens do Instagram, ou em qualquer plataforma em que elas estejam, e muitas vezes acabam se julgando inferiores", diz Jasmine Fardouly, pesquisadora de pós-doutorado da Universidade Macquarie em Sydney, Austrália.
São esses abusos virtuais, ou seja, o linchamento virtual que, devido à pressão estética, afetou a atriz Paolla Oliveira devido ao seu corpo e idade real, sem retoques. Comentários pejorativos e uma pressão apelativa pela mídia por um determinado estereótipo são desencadeadores tanto de distorção quanto de insatisfação corporal, com repercussões psicológicas catastróficas. Caso você perceba que navegar nas redes sociais está te prejudicando de alguma forma, impactando a sua autoestima, a saúde mental ou trazendo insatisfação corporal, reflita sobre os perfis que está seguindo e como você está usando as redes de modo geral.
O termo "identificação" é derivado da palavra latina idem, que significa "mesmo". Logo, quando me identifico com alguma coisa, eu torno isso o mesmo. Trazendo a identidade do outro como parte de mim mesmo (a).
Tenho consciência de que para muitas mulheres é difícil admitir certos fatos, mas essa é a verdade quando você se aceita e compreende a natureza real de si mesma. Portanto, o autoconhecimento ajuda a ver além do que os olhos podem ver. Mas inspire-se nas reflexões de Carlos Drummond: “ Meu corpo não é meu corpo, é ilusão de outro ser. Sabe a arte de esconder-me e é de tal modo sagaz que de mim ele oculta”. Muito profundo, você concorda?
Rico em significados, ele revela os diversos corpos que todos nós temos: O corpo físico e mortal que carregamos desde o nascimento, o corpo sensorial e afetivo, e o corpo geográfico e urbano.
Seja aparência física, o vigor, o comportamento, a elegância, boniteza, aptidão, a beleza, a feiura, para muitos o senso de autoestima diminui, porque percebem seu corpo como feio ou imperfeito. Infelizmente, as pessoas ficam colapsadas experimentando um sofrimento, ligando sua imagem mental e corporal, identificando-se com outras identidades. Afinal, quem somos nós? Nossa identidade é estável ou está em constante modificação? Ao que parece, nossas experiências de vida nos transformam a cada instante. Nesse caso, seja as viagens que você faz, os lugares e as pessoas que conhece, os empregos em que trabalha, os livros que lê, tudo isso provoca mudanças constantes no seu ser.
“Mas não adianta voltar a ontem, porque eu era uma pessoa diferente. ” (Lewis Carroll, Alice - Alice no País das Maravilhas)
O que é a beleza?
A imagem é uma constante preocupação na sociedade atual. Sem dúvida, nossa imagem reflete como as pessoas nos enxergam. O Brasil é o país campeão em cirurgia plástica, logo, é perceptível a insatisfação, a frustração e a insegurança no universo feminino. Quem não quer mudar a sua aparência? No entanto, quanto mais nos familiarizamos com o nosso corpo, mais fácil será aprender a tomar consciência de suas formas e angulações. O importante é estar segura de si e de suas escolhas. Como você experimenta ou sente fisicamente em seu corpo? Como você se sente em relação ao seu corpo, incluindo altura, forma e peso?
Para minha surpresa, li o conteúdo de uma matéria em que uma jovem búlgara disse que gosta de uma aparência extravagante e por isso decidiu submeter a um procedimento estético aumentando os lábios fora do comum para conseguir encontrar um grande amor, com essa modificação ela, infelizmente, não conseguiu chamar a atenção dos homens para um possível namoro, ou seja, continua solteira. A beleza é infelizmente a evitação do feio. Por isso, há uma necessidade iminente em mudar a imagem.
“Essa pessoa vai ao médico para fazer pequenas correções, ela se cobre, se esconde atrás de roupas e situações porque entende que aquele detalhe que lhe desagrada está prejudicando a sua autoimagem, e a partir daí ela passa a produzir um sentimento onde ela não se sente bem. Todas as nossas manifestações iniciam com um pensamento, então eu tenho uma cultura, eu trago para mim uma verdade, eu trago para mim esse pensamento, e eu sofro com aquele pensamento, e aí vem as questões relacionadas com a autoimagem, sentimento de inferioridade, baixa autoestima e insatisfação permanente”. Autor desconhecido.
O corpo é um compartimento onde guardamos nossas dores, os dramas, os desgostos, o rancor, os sofrimentos, as perdas, os traumas e as crenças. A soma dessas restrições é o que define a pessoa e o que foi transmitido pelos seus genitores durante sua infância, adolescência e juventude.
Cada uma dessas fases tem um registro sobre suas vidas que são marcas que atinge de forma deletéria e na maioria das pessoas por causa dessa situação elas não se aceitam e se apegam a uma imagem que não é aquilo que é e nunca deixou de ser. O indivíduo, simplesmente se apoia naquilo que não é já que é muito mais do que pode desejar.
Vou mais longe e pretensiosa, pode até causar uma certa estranheza. Você já percebeu que, ao se casarem, um homem e uma mulher adquirem o corpo de sofrimento do outro e o transformam em seu, depois de muito tempo juntos. Isso resulta em mudanças de personalidade e o corpo também sofre essas transformações.
Em outros artigos posso me aprofundar nessas questões relacionadas ao corpo, e a energia. Não quero ser muito prolixa, e vale ressaltar que há coisas mais importantes do que a aparência, por fim, deixo essa a oração da Serenidade: “Deus, Conceda-me a serenidade Para aceitar as coisas que não posso mudar A coragem para mudar as coisas que posso e a sabedoria para discernir uma da outra. ”
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Um grande abraço e a até a próxima.
Moni Praddo
É jornalista, escritora, colunista, curadora de arte, poeta, jornalista de moda, empresária da moda, ativista literária apoiando e incentivando a escrita como ferramenta transformacional na sociedade e obstinada por grandes revoluções internas. Escrevo com inspirações ligadas a espiritualidade, cosmologia, a natureza e seus componentes. Bacharel em Musicoterapia pela Universidade Católica do Salvador (UCSAL) com especialidade na área geriátrica, neurológica e gestacional, com mais de 26 anos de experiência clinicando como Terapeuta. Escrevo para revista trama bodoque (BH) e atuo como Colunista da revista metropolitana (Salvador), jornal povão (Aracaju) jornal news (Salvador), revista projeto autoestima.
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