Com a chegada do final de ano, a clássica canção de feliz ano-novo e adeus ao ano velho ecoa novamente... especialmente nas confraternizações de trabalho, aquela resenha e o popular amigo secreto, onde a expectativa gira em torno de saber se o presente será mais interessante que do ano anterior. Também outra coisa que quero dizer sobre as doações, ajudar aquela instituição que precisa do seu apoio, claro vinda do seu coração. Eu sou daquelas que sigo a cartilha “não saiba tua mão esquerda o que faz a direita” está no Evangelho segundo Mateus 6,3: “Tu, porém, quando deres esmola, não saiba tua mão esquerda o que faz a direita”. Sabe o que significa? Fazer uma ação generosa e discreta, sem o objetivo de ser vista ou se autopromover.
Depois, é hora de refletir sobre tudo o que aconteceu ao longo do ano. Aquela famosa retrospectiva principalmente a tal dieta que não consegue resistir as tentações ao longo do ano, aquela famosa quebra de contrato consigo mesma. São os excessos no Natal e do Ano Novo, e parece que tudo aquilo que deixamos de consumir ao longo do ano se concentra em um único dia, como se fôssemos compensar todos os nossos desejos de uma só vez.
Vamos definir novos planos, objetivos e metas para o ano que se aproxima. E você, conseguiu alcançar suas metas neste ano? Afinal, O encerramento do ano sempre nos convida a refletir e o que decidimos deixar no passado e, acima de tudo, o que aspiramos a nutrir no futuro. Conte-me como foi seu ano? Algumas pessoas continuam presas na estagnação e não conseguiram encontrar motivação, necessitando de uma reflexão sobre suas vidas. É importante revisar as experiências e eventos que marcaram o ano para começar uma nova história.
E o Natal, me adiantei e pulei para o ano novo! Ah, a reunião em família... Será que teremos aquela conversa sobre a importância de perdoar alguém com quem não nos falamos? Não se trata apenas da “DR” (que significa discutir a relação) nos relacionamentos amorosos, mas também nas relações familiares. É um momento para limpar as mágoas mais profundas e os ressentimentos acumulados.
Algo me chamou a atenção recentemente: vi um vídeo onde uma pessoa fez um registro do seu bairro e lançou um convite aos vizinhos, questionando: "Onde foi parar o espírito natalino na nossa comunidade?". Ele pediu que todos decorassem suas casas, uma vez que percebeu que a magia do Natal estava se esvaindo. Não foi apenas ele que percebeu isso; eu também dei uma volta pelo meu bairro e fiquei surpreendida ao notar que apenas quinze apartamentos estavam enfeitados. E considerando que moro em uma área com muitos prédios.
É surpreendente como o universo conspira e me presenteia com inspirações para elaboração desse texto, novamente um sincronismo. Recentemente, assisti a uma entrevista com o filósofo Luiz Ponde e fiquei impressionado com a clareza da sua análise sobre os motivos que levam ao declínio do Natal. Ele destacou a percepção de que essa festividade está perdendo sua relevância e força, desfalecendo. Segundo ele, as pessoas estão cada vez mais focadas na liberdade moderna e no progresso, o que acaba enfraquecendo os laços familiares e sociais. Surge a pergunta: é possível reverter essa situação?
O final do ano é como uma gestação se preparando para nascer e nos faz um convite à reflexão: o que queremos deixar para trás? Generosamente vos darei a resposta: Cultive a bondade no coração, são esses gestos simples e singelos que perdemos com o tempo, mas o que será de nós daqui por diante? O futuro é incerto, mas já tem um spoiler do que virá acontecer. Essa indiferença, a saúde mental, a correria desenfreada, o medo, a preocupação, a insegurança, a violência, a inteligência artificial nos fez ficar engessados. Mas eu quero que você saiba que independentemente disso nem tudo vai ser perfeito, vivemos na impermanência, o que precisamos é simplesmente ser tocados e florescer. Aprenda a reduzir a velocidade, nutrir suas conexões, valorizar o que é realmente essencial e buscar maior harmonia e simplicidade, mesmo em meio a um mundo tão abstruso.
Desejo que este seja o primeiro passo para uma jornada de transformação.
Feliz ano novo!
Com carinho Moni Praddo
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