Impressionante como os humanos sentem-se confortáveis com tudo o que acontece no mundo, um verdadeiro turbilhão de eventos e mudanças inesperadas ocorre diariamente, e nem sequer demos conta disso. Vivemos de uma forma fugidia. Segundo Oliver Harden, já não se vive para sentir, mas para narrar a experiência, não se sofre em busca de sentido, mas em busca de engajamento, não se ama em profundidade, mas se performa o amor. A sensação é que as pessoas sempre ficam no limbo. Em termos mais coloquiais, pode significar estar em um estado de apatia ou de vida sem propósito.
Vou apenas tangenciar, o problema é que racionalizamos as coisas e a preguiça mental encobre o véu que precisa mostrar a realidade factual como ela é, o que existe é uma resistência real. Você sabe que a Terra está passando por uma anomalia e muitos acontecimentos estranhos e inevitáveis estão em evidência a todo momento? Em termos mais coloquiais, pode significar estar em um estado de apatia ou de vida sem propósito. — A anestesia confortável.
Mas, compreendo, o medo faz com que as pessoas se mantenham afastadas, se isole e reduza de tamanho para caber numa caixa para se esconder do mundo. Realmente, é doloroso viver no presente. Ironia, acabei de ler uma matéria enquanto paralelamente escrevia esse texto, falando que alguns bilionários estão construindo bunkers subterrâneos para se protegerem de eventos catastróficos, como pandemias, guerras, crises sociais e mudanças climáticas. Você acha que isso pode funcionar? Nas palavras de Gustav Jung, “Aquilo a que você resiste, persiste” que significa que aquilo contra o qual lutamos permanece. É só aguardar para ver as cenas dos próximos capítulos. Ah, não podemos esquecer outro ingrediente que faz parte, as profecias do místico Michel Nostradamus, entre outros que profetizam sobre os eventos atuais e principalmente do futuro. Para quem acredita, acho melhor investigar e pesquisar.
Recentemente, publiquei algumas fotos no meu Instagram que mostram plantas, pedras, o mar e a terra. Fiz isso como uma maneira de me conectar com a natureza, pois acredito que ela tem muito a nos ensinar. Incrível, Fiquei um pouco surpresa com o número baixo de “likes” e me perguntei se não agradou. Na verdade, só queria ver como os seguidores reagiriam, pois achei que poderia chamar a atenção deles. Essa sensibilidade nos ajuda a perceber a inteligência de todas as espécies do nosso planeta. Estar atento a esses sinais é como aprender a ler nas entrelinhas do universo, manifestações sutis que escapam à lógica cartesiana.
O seu mundo interno se comunica com o mundo externo, o canto dos pássaros, a forma das árvores, a folha quando cai na terra, o movimento do vento, o vai e vem das ondas, a flor se abrindo, tudo à sua volta há uma comunicação. É o mundo imaginável e seus mistérios porque tudo se comunica o tempo inteiro. Na verdade, a crise climática do século XXI não começou agora, ela já vem silenciosamente há anos e agora a natureza retalia os seres humanos pela sua negligência.
Esse avanço incontrolável e disruptivo da tecnologia e inteligência artificial faz com que nos afastemos de nós mesmos. Ficamos tão imersos em sefies, entre uma dancinha no tik tok, ou a celebridade que adquiriu um jato particular, nada contra, entretanto, perdemos tempo precioso com coisas fúteis e ínfimas que não ajudam a evoluir. Precisamos ter uma valorização do essencial, repensar valores, sinceramente achei que a pós-pandemia iria ensinar alguma coisa, fiquei estupefata, porque as pessoas começaram a endeusar a materialidade, viver de aparências e os excessos, logo entrou a homogeneização de conseguir algo que seu vizinho do lado também tem. Essa competição forçada, desenfreada, descabível em um mundo em plena guerra, que são questões de extrema relevância para a humanidade hoje. Não podemos ficar indiferentes a tamanha faceta em que a humanidade se encontra.
Já ouviu falar do whatsapp yoga? Certa vez assisti ao vídeo do Prem Baba e ele sugestionou que pratiquemos essa modalidade. Sabe por quê? Quando você pega o celular, onde você realmente está? Em vez de ficar fixado na tela pertinazmente, muitas vezes perdemos a conexão com o presente. Acabamos nos esquecendo de nós mesmos, pois as pessoas tendem a desviar a atenção e não conseguem permanecer plenamente no momento. Isso tem nos distanciado uns dos outros. Estamos esquecendo de nos relacionar com gentileza. Hoje em dia, parece que estamos perdendo a conexão com o que é sagrado e que realmente nos toca. Isso tem nos distanciado uns dos outros. É um convite para refletir. Onde você está? E como se sente.
Infelizmente, o ser humano perdeu a sensibilidade de comunicação com tudo que nos conecta, seja visível ou invisivelmente. Esse contato consciente. Mas... é curioso despertar para isso. Afinal, todos os seres e universos são pertencentes à humanidade. Todos eles transmitem uma vibração, uma sonoridade peculiar. Tomando um chá da tarde de alecrim durante uma breve pausa, me fez refletir... Estamos esquecendo de nos relacionar com gentileza. Hoje em dia, parece que estamos perdendo a conexão com o que é sagrado e que realmente nos toca. Isso tem nos distanciado uns dos outros.
Esse panorama tem tudo a ver com a nossa forma-pensamento, são eflúvios que enviamos para o planeta negativamente, já falei sobre esse assunto em outros artigos aos quais escrevi. Gosto de enfatizar como uma forma de resolver a equação enlencando possíveis soluções para os problemas.
Não se esqueça de que a vida é muito mais do que isso. Que tal escrever uma missiva carta para estimular a busca por respostas além das fronteiras existenciais ou filosóficas? O corpo, o clima e a cura pela terra são temas importantes. Essas questões merecem nossa atenção.
Para encerrar, gostaria de compartilhar um trecho breve de Rainer.: “Suplico-te com a alma em chamas: tem paciência com tudo o que ainda pulsa sem forma no teu coração. Aprende a amar as perguntas — essas estranhas guardiãs do silêncio — como se fossem quartos fechados à chave, ou livros sagrados escritos em línguas que tua alma ainda não aprendeu a pronunciar Vive agora as tuas perguntas. Caminha com elas. E, um dia, sem perceber, talvez te descubras dentro da resposta — como quem retorna para casa depois de longas estações de ausência”. Rainer Maria Rilke (adaptação de “Cartas a um Jovem Poeta”, 1929).