Você deve estar lendo e se perguntando se um imóvel possui essa capacidade atrelada aos humanos; afinal: como pode algo inanimado se manifestar?
Vamos entender com atenção redobrada o quanto ela se comunica conosco.
O campo sensorial é múltiplo, ao ouvir algo, tocar texturas, sentir cheiros e aromas, ver cores, experimentamos sensações que podem nos relaxar ou avivar nosso comportamento, já que estamos enviando mensagens ao nosso cérebro.
É costume da maioria de nós seguir a tendência, usar as cores do momento, os móveis com design moderno, colocar uma ampla TV, encher a casa de fiações escondidas – onde passa eletricidade, ainda mais agora, na era tecnológica que automatizamos tudo! Eis o principal perigo, estamos na pós-modernidade e perdendo aceleradamente o contato com a essência, com o natural, com a profundidade e com a nossa sensibilidade intuitiva e os velhos saberes ancestrais.
Temos ambientes lotados de objetos, alguns com cores escuras, depressivas e sem luz e outros, extremamente dinâmicos, yang, muito ativos – um verdadeiro Big Brother, que lacera nosso mental e mexe com nossos hormônios, desencadeando reações no funcionamento corporal, desde crises de tristeza a estresse.
Sabemos ler, escrever, desenhar, falar, criar, mas delegamos a outros, inclusive aos sistemas e robôs, o elã de nossas vidas. Somos ou deixamos de ser nossa própria guiança? Alcançamos o máximo da criação e deixamos de lado, nossa maior fonte e que alimenta nossa alma – existir plenamente, porque estamos deixando ir “o sentir”. Embora nem todas as tradições e culturas nos ensinaram a prestar atenção às nossas sensações e à intuição, ainda temos receptores e antenas que captam os sinais.
Embora usemos materiais naturais, como a palha, a madeira, o bambu, eles perdem o viço por cumprirem apenas um papel decorativo, inanimado, se por perto, aquele morador nem interage com eles, se lançando no mundo digital ou noutras frequências e apenas faz de conta que vive.
A casa também sente, capta sinais de intolerância, abandono, comportamentos rígidos e invasivos, medo, falta de motivação, hiperatividade e dá retorno: rachaduras, paredes descascando, entupimentos, vazamentos, objetos quebrando, mofo, pragas, etc.
São laços pungentes e podem ser reconstruídos, se estivermos no aqui, presentes e disponíveis para nós, para o que parece abstrato e, no entanto, é mais profundo que o oxigênio passando pelos seus alvéolos ao seu sangue.
Normalizar, padronizar é uma grande armadilha que nos conduz a um caminho dos outros e não de nós mesmos.
Tomar os rumos e tecer seu próprio roteiro, claro, com ajuda de quem possui expertise é forma certa de alcançar paz, equilíbrio e harmonia interior.
Não aposte, vença o cansaço e se dedique a você, fale através de sua casa, plante e colha sua verdadeira energia para sentir-se alimentando toda a sua passagem nesse belo lugar.
Andréa Almeyda
Consultora Energética de Ambientes e Pessoas, formada em Economia e Design de Interiores, com especialização em Marketing e formação em terapias integrativas e técnicas para o reequilíbrio residencial e empresarial.
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