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Uma casa que falava

Vamos entender com atenção redobrada o quanto um imóvel se comunica conosco

08/06/2025 às 13h09
Por: Redação I Fonte: Andréa Almeyda
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Imagem: Beatriz Leal - Assessora de Comunicação e Ilustradora
Imagem: Beatriz Leal - Assessora de Comunicação e Ilustradora

Você deve estar lendo e se perguntando se um imóvel possui essa capacidade atrelada aos humanos; afinal: como pode algo inanimado se manifestar? 

Vamos entender com atenção redobrada o quanto ela se comunica conosco. 

O campo sensorial é múltiplo, ao ouvir algo, tocar texturas, sentir cheiros e aromas, ver cores, experimentamos sensações que podem nos relaxar ou avivar nosso comportamento, já que estamos enviando mensagens ao nosso cérebro. 

É costume da maioria de nós seguir a tendência, usar as cores do momento, os móveis com design moderno, colocar uma ampla TV, encher a casa de fiações escondidas – onde passa eletricidade, ainda mais agora, na era tecnológica que automatizamos tudo! Eis o principal perigo, estamos na pós-modernidade e perdendo aceleradamente o contato com a essência, com o natural, com a profundidade e com a nossa sensibilidade intuitiva e os velhos saberes ancestrais. 

Temos ambientes lotados de objetos, alguns com cores escuras, depressivas e sem luz e outros, extremamente dinâmicos, yang, muito ativos – um verdadeiro Big Brother, que lacera nosso mental e mexe com nossos hormônios, desencadeando reações no funcionamento corporal, desde crises de tristeza a estresse.  

Sabemos ler, escrever, desenhar, falar, criar, mas delegamos a outros, inclusive aos sistemas e robôs, o elã de nossas vidas. Somos ou deixamos de ser nossa própria guiança? Alcançamos o máximo da criação e deixamos de lado, nossa maior fonte e que alimenta nossa alma – existir plenamente, porque estamos deixando ir “o sentir”. Embora nem todas as tradições e culturas nos ensinaram a prestar atenção às nossas sensações e à intuição, ainda temos receptores e antenas que captam os sinais.  

Embora usemos materiais naturais, como a palha, a madeira, o bambu, eles perdem o viço por cumprirem apenas um papel decorativo, inanimado, se por perto, aquele morador nem interage com eles, se lançando no mundo digital ou noutras frequências e apenas faz de conta que vive.  

A casa também sente, capta sinais de intolerância, abandono, comportamentos rígidos e invasivos, medo, falta de motivação, hiperatividade e dá retorno: rachaduras, paredes descascando, entupimentos, vazamentos, objetos quebrando, mofo, pragas, etc. 

São laços pungentes e podem ser reconstruídos, se estivermos no aqui, presentes e disponíveis para nós, para o que parece abstrato e, no entanto, é mais profundo que o oxigênio passando pelos seus alvéolos ao seu sangue. 

Normalizar, padronizar é uma grande armadilha que nos conduz a um caminho dos outros e não de nós mesmos. 

Tomar os rumos e tecer seu próprio roteiro, claro, com ajuda de quem possui expertise é forma certa de alcançar paz, equilíbrio e harmonia interior. 

Não aposte, vença o cansaço e se dedique a você, fale através de sua casa, plante e colha sua verdadeira energia para sentir-se alimentando toda a sua passagem nesse belo lugar. 

 

Andréa Almeyda 

Consultora Energética de Ambientes e Pessoas, formada em Economia e Design de Interiores, com especialização em Marketing e formação em terapias integrativas e técnicas para o reequilíbrio residencial e empresarial. 

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MuriloHá 2 semanas Lauro de FreitasExcelente artigo, que bom abordarem este tema que tem a ver com a subjetividade que envolve a casa. Muito obrigado
Ricardo MenesesHá 2 semanas VitóriaMuito bom Andréa, obrigado por compartilhar! São detalhes que passam despercebidos pelo leigo no assunto e que podem fazer grande diferença na qualidade de vida. Costumo viajar muito e me hospedar em AirBnb e, de fato, percebo que existem ambientes com energia e personalidade totalmente diferentes. É mais fácil notar quando estamos na casa de terceiros do que na nossa própria, onde já nos acostumamos.
MARCELO ANTONIO PEREIRA DOS SANTOSHá 2 semanas SalvadorTexto bastante esclarecedor, muito importante tomarmos conhecimentos desses detalhes. Obrigado!
Jane AmorimHá 2 semanas Salvador/BAEntendo que a nossa casa precisa ser um cantinho muito gostoso, cheio de amor, com paz e harmonia pra que possamos nos revitalizar da correria do dia a dia. Se eu cuido dela, com certeza ela também cuida de mim. Gostei do artigo!!
Ive Lima Há 2 semanas SalvadorMuito interessante perceber essa relação. Conhecer essa dimensão amplia nosso olhar sobre como organizar as coisas.
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